Paulo Caetano - Presidente do CRC-PR
Enriquecer pelas vias aceitáveis não é crime. Melhorar o padrão de
vida é a luta diária de todos que empreendem, trabalham, estudam, suam a
camisa. O próprio Estado brasileiro só justifica a sua existência pela
missão de promover o enriquecimento da nação, a expansão do Produto Interno
Bruto e a renda das famílias.
É comemorativo que a nossa classe C está crescendo. O segmento, que
inclui famílias com ganhos mensais de quatro a dez salários mínimos, já soma
a metade da população. Até famílias paupérrimas vêm tendo chances de sair do
estado de pobreza, embora agarrando-se a um programa social, o Bolsa
Família.
Estatísticas apontam algumas linhas de evolução financeira: entre 2003
e 2009, a renda individual da população saltou 3,8% ao ano, a renda média do
trabalhador 7,6% e a dos funcionários públicos teve valorização de 11,20%
entre 2002 e 2008; no mesmo período, o salário mínimo teve aumento real de
37% passando de R$ 303 para R$ 415.
Uma realidade camuflada pelos números é a concentração das riquezas,
ainda preocupante e um desafio a ser vencido. Mas nada impede que pessoas, a
exemplo do empresário Eike Batista, multipliquem suas fortunas. De acordo
com a revista "Forbes", já temos pelo menos 30 bilionários que, juntos,
detêm R$ 216 bilhões. Entre os novos bilionários está o jovem brasileiro
naturalizado americano Eduardo Saverin, co-fundadar do Facebook: com 5% da
empresa, seu patrimônio é avaliado em US$ 2,5 bilhões. Já os brasileiros
milionários podem chegar a 150 mil, segundo a Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Certos livros tentam vender a ideia de que é fácil enriquecer, mas os
principais fatores são mesmo suor, trabalho, educação e capacidade de
empreender. Estamos avançando na esteira do crescimento nacional. Os mais
ricos vão mais velozmente porque dinheiro chama dinheiro. É assim que
funciona no campo da livre iniciativa, onde também entram a sorte e outros
fatores imprevisíveis, como o que contemplou Eduardo Saverin, ganhar um
megaprêmio...
Já, certas evoluções patrimoniais não têm explicação. São injustificáveis, ilegais e imorais. Pode não ser o caso de Antônio Palocci,
mas é bem o de muita gente, que atua na vida pública, no Brasil, cujos bens
aumentam de forma espantosa. Se a empresa do ministro da Casa Civil Projeto
Consultoria Financeira e Econômica Ltda não fez nada errado e ele
multiplicou em 20 vezes seu patrimônio entre 2006 e 2010, de forma justa,
então por que a reticência em dar satisfações, a ponto de esconder-se atrás
da presidente Dilma e do ex-presidente Lula?
O “milagre” de certos enriquecimentos em nosso país é a relação
promíscua entre público e privado.
Isso é crime.
Contador, empresário da contabilidade e presidente do CRCPR; e-mail:
pcaetano@pcaetano.com.br
vida é a luta diária de todos que empreendem, trabalham, estudam, suam a
camisa. O próprio Estado brasileiro só justifica a sua existência pela
missão de promover o enriquecimento da nação, a expansão do Produto Interno
Bruto e a renda das famílias.
É comemorativo que a nossa classe C está crescendo. O segmento, que
inclui famílias com ganhos mensais de quatro a dez salários mínimos, já soma
a metade da população. Até famílias paupérrimas vêm tendo chances de sair do
estado de pobreza, embora agarrando-se a um programa social, o Bolsa
Família.
Estatísticas apontam algumas linhas de evolução financeira: entre 2003
e 2009, a renda individual da população saltou 3,8% ao ano, a renda média do
trabalhador 7,6% e a dos funcionários públicos teve valorização de 11,20%
entre 2002 e 2008; no mesmo período, o salário mínimo teve aumento real de
37% passando de R$ 303 para R$ 415.
Uma realidade camuflada pelos números é a concentração das riquezas,
ainda preocupante e um desafio a ser vencido. Mas nada impede que pessoas, a
exemplo do empresário Eike Batista, multipliquem suas fortunas. De acordo
com a revista "Forbes", já temos pelo menos 30 bilionários que, juntos,
detêm R$ 216 bilhões. Entre os novos bilionários está o jovem brasileiro
naturalizado americano Eduardo Saverin, co-fundadar do Facebook: com 5% da
empresa, seu patrimônio é avaliado em US$ 2,5 bilhões. Já os brasileiros
milionários podem chegar a 150 mil, segundo a Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Certos livros tentam vender a ideia de que é fácil enriquecer, mas os
principais fatores são mesmo suor, trabalho, educação e capacidade de
empreender. Estamos avançando na esteira do crescimento nacional. Os mais
ricos vão mais velozmente porque dinheiro chama dinheiro. É assim que
funciona no campo da livre iniciativa, onde também entram a sorte e outros
fatores imprevisíveis, como o que contemplou Eduardo Saverin, ganhar um
megaprêmio...
Já, certas evoluções patrimoniais não têm explicação. São injustificáveis, ilegais e imorais. Pode não ser o caso de Antônio Palocci,
mas é bem o de muita gente, que atua na vida pública, no Brasil, cujos bens
aumentam de forma espantosa. Se a empresa do ministro da Casa Civil Projeto
Consultoria Financeira e Econômica Ltda não fez nada errado e ele
multiplicou em 20 vezes seu patrimônio entre 2006 e 2010, de forma justa,
então por que a reticência em dar satisfações, a ponto de esconder-se atrás
da presidente Dilma e do ex-presidente Lula?
O “milagre” de certos enriquecimentos em nosso país é a relação
promíscua entre público e privado.
Isso é crime.
Contador, empresário da contabilidade e presidente do CRCPR; e-mail:
pcaetano@pcaetano.com.br
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